22 junho, 2015

O amor nos tempos do Mais Médicos



O médico cubano Adrian Estrada Barber e a farmacêutica brasileira Letícia Santos Pedroso no posam com o malecón de Havana ao fundo
O médico cubano Adrian Estrada Barber e a farmacêutica brasileira Letícia Santos Pedroso no posam com o malecón de Havana ao fundo(Reprodução/Facebook)
Há nove meses, a farmacêutica Letícia Santos Pedroso e o médico generalista Adrian Estrada Barber esperam uma mudança em suas vidas. Noivos, eles já moram juntos e planejam ter filhos, mas primeiro querem se casar. Desde o dia 19 de setembro do ano passado, os dois passam vivem a angústia da indefinição sobre o pedido de união do casal. Aos 42 anos, a brasileira conheceu "o cara que sonhou para si" em Arapoti, pequena cidade de 27.000 habitantes no interior do Paraná. Recém-chegado ao Brasil na primeira viagem internacional que fez, o cubano de 28 anos embarcou para trabalhar no programa do governo federal Mais Médicos, que ajuda a financiar a decadente ditatura dos irmãos Castro. E foi por isso que o matrimônio emperrou na Justiça.
Cuba, como se sabe, controla liberdades individuais e a circulação de informações dentro da ilha. Também monitora de maneira invasiva seus enviados em missões oficiais como a dos médicos intercambistas. Foi assim na Bolívia e na Venezuela. É assim no Brasil. A venda de serviços médicos, intermediados pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas), começa com um contrato particular assinado pelo profissional cubano com a Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos (CSMC) SA, estatal controlada pelo Ministério da Saúde Pública castrista. O contrato restringe relacionamentos amorosos e proíbe o casamento com brasileiras sem anuência e autorização por escrito de um superior cubano.
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