12 fevereiro, 2013

Bom Jesus, Carnaval 2013 - A cara do deboche

Abaixo o meu desabafo por ter presenciado várias brigas durante o carnaval, e por quase ter sido atingido (eu, minha esposa Carla e meus amigos Raul Travassos e Sônia Ribeiro) por garrafas quebradas em plena Praça Governador Portela.

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Como foi amplamente divulgado pela rádio, redes sociais e sites de notícias Bom Jesus do Itabapoana não teve carnaval oficial. A alegação é de que o valor economizado seria destinado à saúde.

Seria louvável se fosse verdade.

A verba supostamente destinada ao carnaval, se existisse, é infinitamente inferior à necessidade da saúde. A saúde não precisa de esmolas! Precisa de ação.

Seria digno, e perfeitamente explicável, se a prefeita ou o seu secretário de turismo (leia-se festas) tivessem dito apenas que não fariam um carnaval oficial, pois não há o que comemorar na cidade. O povo está triste. A cidade está triste. Seria como fazer uma festa com a mãe na U.T.I. Seria como promover um carnaval em frente a boate Kiss em Santa Maria. Fora de propósito. E só. Agora, vir com essa conversinha mole de que o dinheiro será dado para o hospital, é de uma maldade... de uma leviandade. É querer dar aos bom-jesuenses – mais uma vez – o rótulo de jegues, asnos.

O secretário não estava aqui – soube que estava pelas bandas de Manguinhos/ES. De Manguinhos diz-se que “os capixabas que se acham ricos frequentam Guarapari; os que são realmente ricos tem casa em Manguinhos”. E foi neste balneário abastado que nosso secretário de turismo (leia-se festas) Sávio Saboia foi se deleitar no carnaval deixando a cidade entregue às baratas.

Tivesse o secretário o cuidado mínimo que tinha (ou tem?) com suas festas particulares, não teríamos visto brigas, sujeira e desordem – como se viu no tríduo momesco.

Havia no palco (?) da Praça Governador Portela, uma música mecânica tocando funk! Funk secretário? Esse tipo de música (?) não é apropriada para o carnaval. Não é, e você sabe disso. Como não é apropriado marchinhas carnavalescas em bailes funks. O secretário poderia ter ido para onde bem entendesse – até para mais longe – mas deveria deixar um responsável e uma recomendação: o pouco que faremos será para as famílias que permaneceram aqui.

Nas poucas vezes que o (in)responsável pelo som resolveu colocar músicas de carnaval (sambas e marchinhas), os pais se aventuraram a uns passinhos, via-se um alívio nas expressões das pessoas, a maioria acompanhando as letras das músicas. É isso secretário! Simples não?

O carnaval é uma festa popular. Com o poder público querendo ou não – e neste caso dizendo não querer – as pessoas vão a rua para se divertir. Fantasiam seus filhos. Querem no mínimo uma foto como registro. O mínimo que se gastou deveria ter sido bem gasto.

Esses brigões e marginais que vem para a praça se exibir, não merecem que a prefeitura faça uma festa para eles. E é isso que vocês tem feito: festa para marginais. Você tem deixado o ambiente propício para esse tipo de manifestação (brigas). Se a música fosse marchinha, esses brigões ignóbeis não iriam gostar e iam “procurar sua turma” - e não ficar na praça fazendo o que deveriam fazer no ringue.

Está provado que existem músicas que relaxam, músicas que divertem e músicas que excitam. Ou a prefeita vai me dizer que quando vai fazer uma limpeza de pele pede para colocar um funk no último volume? Cada coisa em seu lugar. E a praça não é lugar de brigões ignóbeis. A praça é lugar das famílias, das crianças, das pipocas, da inocência.

Basta de festas para marginais! As famílias querem e merecem se divertir. Por que fazer festas para marginais? Qual a motivação disso? Não dá para entender...

Um comentário:

Olandim Sueth disse...

Perfeito! Eu não escreveria melhor!!!