25 julho, 2013

Ainda aquém dos grandes eventos

A confusão na chegada do Papa Francisco, levado a um engarrafamento na Avenida Presidente Vargas, onde manteve o vidro da janela do carro aberto, sem se assustar com o assédio do povo, já não foi um bom sinal. 

Um desentrosamento inaceitável entre a Polícia Federal e a prefeitura levou a comitiva papal a ficar espremida, na altura da Central do Brasil, entre uma calçada impossível de ser ultrapassada por automóveis e uma parede de ônibus, situação conhecida pelos cariocas que ali engarrafam na hora do rush, mas não indicada a autoridades visitantes.

Àquela primeira falha de planejamento, ou de execução do que havia sido acertado, se somou, no dia seguinte, o apagão no metrô, a partir do meio da tarde, quando peregrinos e fieis em geral se dirigiam a Copacabana para assistir à cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude.

O sistema de ônibus, claro, ficou ainda mais sobrecarregado. Para o visitante, o calvário se transformou num inferno. 

O teste foi muito negativo para uma cidade que em 2016 sediará as Olimpíadas, no ano que vem será sede de grupo na Copa do Mundo e terá a final do torneio. O ensaio da Copa das Confederações já havia demonstrado que o dever de casa foi feito apenas em parte, por governos estaduais e o federal.

Há projetos que não saíram nem sairão das pranchetas.

E os precários aeroportos brasileiros ainda não foram testados.

A paquidérmica lentidão e ineficiência do poder público começam a justificar as dúvidas sobre a capacidade de o país recepcionar grandes eventos.

Leia mais sobre esse assunto em: http://oglobo.globo.com/opiniao/ainda-aquem-dos-grandes-eventos-9168523#ixzz2a677I0OO

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