Foto: Tuca Pinheiro
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“A luta contra a corrupção vem desde o mensalão, passando pelos aloprados e a chamada faxina ética, que nunca existiu”, afirmou Freire. Ele lembrou que a oposição chamou a atenção do governo quando foi enviada ao Congresso a medida provisória que flexibilizava a lei de licitações para as obras da copa e “abria uma porta para a corrupção”.
“Os exemplos de corrupção estão aí, e a sociedade, que parecia adormecida, acordou e não aceita mais essa situação”, avalia Freire. Pesquisa do Datafolha com manifestantes mostrou que metade deles está protestando contra a corrupção. O movimento faz protestos na porta dos estádios em dias de jogos da Copa das Confederações por causa do alto custo das chamadas arenas.
Segundo Roberto Freire, o governo do PT “se colocou como arauto na velha máxima do ‘rouba, mas faz”. Entretanto, as manifestações mostraram que a sociedade não aceita mais essa forma de governar. “Até porque ficou patente que o governo não faz: a saúde está caótica, faltam investimentos em educação, o transporte público é de péssima qualidade e há um despreparo na segurança pública”.
Para Freire, há uma ausência de governo, como mostram as críticas à política e aos políticos que estão presentes nas manifestações. Freire advertiu, no entanto, para o fato de que o sentimento anti-político deve ser combativo. “Nada mais político do que esse movimento que tomou conta do Brasil. Há uma preocupação com a política democrática, onde está inserida a luta contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 37, que limita os poderes do Ministério Público, reduzindo a investigação”.
Freire lembrou que o PPS foi o primeiro partido a se pronunciar contra a PEC. O Diretório Nacional fechou questão nesta posição.
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